O propósito maior do cristão é ser um adorador, um prestador
de culto a Deus. Jesus afirmou que havia chegado a hora que os verdadeiros
adoradores adorariam ao Pai em espírito e em verdade (Jo 4.23—24). Ele queria
fazer entender que o modo de adoração verdadeiro não era o que a maioria dos
judeus compreendia, como sendo em algumas ocasiões do ano, nas várias festas, o
povo prestasse culto a Deus. Apresentasse seus sacrifícios, suas ofertas ao
Senhor.
Jesus falava do verdadeiro culto a Deus. Aquele que é
prestado onde quer que se esteja; em casa, no trabalho, na escola, andando
pelas ruas, no trem, no ônibus, etc. O Mestre quer fazer entender que o cristão
necessita ter consciência da presença de Deus. Isto é, Deus está em todos os
lugares, e por isso, seja onde estiver o servo de Deus, ali pode cultuar a
Deus; reverenciá-lo, adorá-lo, venerá-lo. É ter Deus como ponto central na
vida. E isto acontece com a maneira de viver, seu comportamento, seu caráter.
Não se pode viver como crente na igreja, e de forma diferente em outro lugar.
Vemos na Palavra de Deus exemplos de culto falho. Como o
culto prestado pelos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, sacerdotes de Deus, que
compareceram diante do Senhor com fogo estranho (Lv 10.1-2). Como o de
Caim, cujo coração não era reto diante
de Deus; quando ele comparece para prestar culto, a Bíblia afirma que Deus não
atentou primeiro para Caim, e depois para sua oferta (Gn 4.3-7). Deus não está
preocupado com as coisas que você possa dar. Ele se preocupa com aquilo que
você é. Outro exemplo clássico é o de Ananias e Safira, que não compreenderam
essa verdade; vendendo uma propriedade e trazendo uma oferta aos apóstolos
queriam fazer entender que davam tudo, e mentindo, morreram (At 5.1-10).
A igreja deve se guardar de oferecer a Deus um culto falho. O
Crente deve fugir disso. Oferecer culto falho é estar diante de Deus, em sua
casa (templo), e estar totalmente desligado da verdadeira adoração. É ir à
igreja para cumprir uma obrigação; é dizer “a paz do Senhor” como um hábito
adquirido; é estar com o nome de crente, e com a vida longe do verdadeiro
cristão. É ter apenas o “nome”, mas, não uma vida “como”.
Reuniões em nome de Deus, onde o povo está mais interessado
nos “artistas” do que em ouvir a Palavra de Deus, em prestar culto ao Senhor,
em adorá-lo, são típicas de culto falho. Estamos procurando artistas. É mais
fácil convencer o povo a ir à igreja, ao culto, quando noticiamos que o “cantor
X” vai estar lá. Hoje está difícil convencer os crentes a irem ao culto quando
mencionamos apenas que Deus vai estar lá!
É necessário um novo encontro com Deus. É preciso nascer de
novo. É preciso sentir realmente a presença de Deus. É preciso acabar com
aquele culto vazio, frio, sem sentido. E, isso é com relação a cada crente. O
culto principal é o individual; aquele em que você chega diante de Deus, e o
adora, independente de quem está cantando ou pregando. Você foi à igreja para
reverenciar a Deus. Não foi lá para ver as pessoas simplesmente; para vê-las
como estão vestidas, para verificar quais estão descompostas, para ver isto ou
aquilo. Você vai à igreja para prestar culto a Deus. Não para oferecer “fogo
estranho”.
Onde estiver o cristão deve ter consigo a natureza
espiritual; tudo quanto fizer deve glorificar a Deus. Suas ações, suas
palavras, suas reações, tudo, tudo deve servir para reverenciar ao Senhor (I Co
6.20).
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